quinta-feira, 14 de maio de 2015

MUNDO ESPIRITUAL

DEUS

O que acontece atualmente é que ao contrário de Deus ter criado o homem a sua imagem, o home está criando Deus a sua imagem. Quando se diz que nós somos a imagem de Deus, não se diz a forma característica física, mas a capacidade moral e o livre arbítrio de chegarmos a uma evolução tão ampla e perfeita que chegaremos muito próximo ao grau evolutivo do criador, porém sem jamais igualar a ele ou transpassar a ele. Quanto ao surgimento de Deus ou o Criador isso sempre será um axioma inalcançável as criaturas (nós).  Para o Espiritismo, o entendimento que os homens tem de Deus não está pronto nem é definitivo, está em constante evolução. O conceito de Deus modifica-se com o tempo, resultado de ampliações sucessivas de um conceito inicial, de abordagens complementares que destacaram aspectos diferentes de Deus não considerados até então, e, também, de visões contraditórias que expuseram as limitações de explicações utilizadas em determinado momento. A compreensão de Deus, alcançada por uma pessoa é a possível em face do seu conhecimento e do conhecimento do seu grupo social. Deus não se relaciona ao mágico, ao místico, ao divinal, ao sacro, ao infinito, ao absoluto. Deus não é matéria, nem energia. Ele não tem uma forma definida. Deus não está restrito a uma pessoa, por mais evoluída que seja, como Jesus. Deus não está no céu. Ele está nos seres mas não se confunde com eles; está nas coisas mas não se confunde com elas. Deus não prescreve comportamentos, não determina um conjunto de regras a serem seguidas. Logo, não há desobediência à sua vontade, não há pecado. Deus não vigia, não fiscaliza. Ele não pune, não castiga, não determina ou executa sentenças. Deus não aceita oferendas, sacrifícios ou promessas. Não concede graça, dom ou favores. Não intercede, não aceita pedidos, não protege alguém em especial. Deus não atua através de milagres. Deus não está limitado à humanidade, ao planeta Terra ou à Via Láctea. Deus abrange todas as coisas, todos os seres vivos, inteligentes ou não, encarnados ou desencarnados do Universo. Deus se estende pelo Cosmo e o mantém (o Universo organizado e ordenado) — Deus Cósmico.

Para a Doutrina Espírita, o Universo é estruturado, as coisas não ocorrem ao acaso. Em tudo há causalidade, inteligibilidade, significado, padrão. Deus, para o Espiritismo, é a Inteligência Suprema (Allan Kardec).



UNIVERSO ESPIRITUAL

Ilustração da colonia espiritual NOSSO LAR na terceira esfera de elevação terrestre no mundo espiritual


Ilustração do umbral na esfera inferior no orbe terrestre - filme NOSSO LAR

A condição de ser humano é algo grandioso, magnífico, mesmo que algumas religiões digam o contrário. No plano espiritual, nas suas diferentes faixas vibratórias, existem muitas colônias espirituais, onde espíritos afins, no mesmo nível evolutivo, se agrupam e formam verdadeiras sociedades extrafísicas organizadas.
No plano espiritual existem, à semelhança da Terra, muitas casas, templos, jardins, bosques, montanhas, rios cristalinos, vegetais e animais, etc. Logicamente não se trata da mesma matéria do plano físico. É uma matéria espiritual, mais sutil. Podemos chamar de matéria astral ou matéria extrafísica.
O plano espiritual, podemos dizer, é uma cópia, muito mais perfeita, do plano físico, ou melhor, o plano físico é como um esboço do plano espiritual, sendo este último uma espécie de "Terra aperfeiçoada".
Por mais que se evolua, através dos tempos, o plano físico, o planeta, sua matéria e tudo mais, nunca chegará a ser igual à matéria do plano espiritual, pois esta é formada por substância ou matéria astral que é ideoplástica, que é manipulada e modelada pelo pensamento e pelo sentimento, pela razão e pelo amor; sobre tudo isso falaremos mais à frente. Essa similaridade, em alguns pontos, com o plano físico é necessária para o espírito se acostumar e se adaptar a essa nova vida que se inicia.
Os espíritos desencarnados, assim como os humanos, também tem suas ocupações, as mais variadas possíveis. Eles tem trabalho, que aplicam em seu benefício e também de outros seres, físicos ou espirituais, para seu próprio crescimento espiritual, embora isso não seja regra absoluta, pois lá também há espíritos ociosos, assim como eram na Terra, mas sujeitos a melhorar; tem atividades, lazer, etc. e muitos deles, de evolução mediana, também dormem, em suas moradias. Quanto mais evoluída a entidade, menos necessidade tem ela do sono.
O espírito tem direito apenas a uma casa astral onde vai viver e repousar, enquanto estiver no plano espiritual. Quando esses espíritos dormem, há um sono semelhante ao nosso, funcionando apenas como um repouso reparador, mas, também, em algumas ocasiões, durante o sono, eles se desprendem com lucidez, conscientemente, usando o corpo mental, e se dirigem para lugares os mais variados possíveis e diversas dimensões espirituais.
Nestas cidades espirituais há toda uma administração organizada, seres que cuidam de todos os setores da vida nessas comunidades espirituais, mantendo a vida em perfeita concordância com os princípios crísticos, para garantirem a evolução de todos.
Os espíritos mais evoluídos destas colônias tem funções mais elevadas, e, assim, tem condições de dirigirem e orientarem, sempre para o bem comum, a vida de todos. Em algumas colônias, existe geralmente um Governador Espiritual, chefe maior da colônia, vários Ministros, etc. Deixamos claro que tudo depende do nível evolutivo da colônia e de como se organizam. Há cidades espirituais que se organizam de forma completamente diferente.
Em uma cidade espiritual de transição, em uma colônia espiritual, chamada Nosso Lar, existem vários ministérios, por exemplo:

Ministério do Auxílio,
Ministério da Elevação,
Ministério da União Divina,
Ministério da Regeneração,
Ministério da Comunicação,
Ministério do Esclarecimento.

Porém, nem todas as colônias seguem esse padrão administrativo, há cidades espirituais muito superiores, em todos os sentidos, em planos mais elevados.
A cidade Nosso Lar está situada na terceira "esfera-espiritual" sobre o astral do Rio de Janeiro; acima dessa há inúmeras, poderemos citar, por exemplo, uma mais elevada chamada Metrópole Astral do Grande Coração, de costumes brasileiros, e uma acima desta que é conhecida como Cidade Espiritual Brasil e acima desta outras responsáveis por toda administração do nosso Planeta.

Portanto, a partir dessas explicações, deixamos claro que são as Colônias Espirituais, situadas nos diversos planos da Multidimensionalidade, a partir do Astral Mediano ao Astral Superior, que cuidam de todos os seres do plano físico e também dos mais diversos aspectos que compõe a vida humana, desde os mais simples aos mais complexos; também supervisionam, dirigem e orientam, da melhor forma possível, todos os governos, de todos os países, do nosso mundo. No entanto, sua atuação é limitada pela Lei Cósmica, pela Lei Divina, que tudo sustenta, e dirige para a felicidade suprema todos os seres.



ESPIRITO





O conceito de espírito é fundamental ao Espiritismo e à sua adequada compreensão e utilização como ferramenta para o crescimento pessoal e social. Não há, portanto, condições de se utilizar ideias a respeito do espírito que, apesar de serem parte do senso comum, estão distantes da realidade. O objetivo é promover uma interpretação que liberte. Com frequência, as pessoas relacionam a ideia de espírito à morte, mas, para a Doutrina Espírita, o espírito não está associado à dor, à tristeza ou às lágrimas. Na realidade, com o entendimento do que é espírito, a morte deixa de significar a extinção do ser, a barreira intransponível, desaparecendo na afirmação da unidade entre o material e o espiritual.
Para o Espiritismo, o espírito não é o fantasma ou a assombração. O espírito não arrasta correntes, não agita cortinas, não bate portas, não veste lençóis. Não geme ou grita no meio da noite. Ele não é etéreo, vaporoso ou indefinido. Não é um anjo no céu. Não se encontra no além, na penumbra, no vazio, no escuro, na noite ou no frio.
O espírito não se faz sentir através de um calafrio, arrepio, calor ou formigamento. Ele não puxa, nem repuxa ou entorta. Não está em cima, nem está atrás ou sobre os ombros. Não encosta, nem incorpora. Não cochicha e não sussurra no ouvido.
Para a Doutrina, o espírito não obsedia ninguém, não volta para se vingar, não atormenta, não faz com que as coisas deem errado. Não aceita "trabalhos" ou "despachos", não aceita oferendas, subornos, chantagens ou sacrifícios. Não é comandado por rituais. O espírito não resolve os problemas dos outros e não determina o que as pessoas devem fazer.
O espírito desencarnado não é poderoso. Não se preocupa em proteger alguém em especial. Não comanda forças sobrenaturais. Não dispõe de recursos mágicos. Não adivinha o futuro. O espírito conhece apenas na medida de suas experiências, vivências, convivências. Seus erros e acertos, o resultado de suas ações, são decorrentes de seus conhecimentos.
O imaginário das pessoas confere aos espíritos desencarnados uma série de características que não são deles, mas da fantasia da cultura material. Refletem os mitos, os medos, as angústias, as expectativas, as dificuldades com a morte física e com o significado da vida. Na visão centrada em si mesmo, o polissistema material cria a ilusão de que os espíritos desencarnados estão à sua volta, girando em torno de seus interesses, problemas, angústias e dificuldades.
Para o Espiritismo, os espíritos desencarnados não estão à disposição das pessoas e suas atividades não se desenvolvem particularmente em torno do polissistema material. A atuação dos espíritos desencarnados junto ao polissistema material, quando ocorre, se faz com um significado, um objetivo, dentro de uma ética, que orientam a interação entre o polissistema material e o polissistema espiritual. Essa interação promove aprendizagem e crescimento mútuos.
Para a Doutrina, o espírito, encarnado ou desencarnado, tem como objetivo ampliar a sua consciência, evoluir. Ao reencarnar, o espírito insere-se no polissistema material, assumindo perspectivas e referenciais da cultura material. O desencarne é apenas uma mudança de fase, uma alteração de frequência, uma substituição de referencial. Ao trocar o referencial da cultura material pelo referencial da cultura espiritual, mais amplo, o espírito tem condições de acessar e operar, com maior facilidade, o conjunto de conhecimentos que domina. O espírito encarnado e o desencarnado, portanto, se diferenciam na mentalidade, na massa crítica, na operação dos sistemas culturais, nos referenciais utilizados, mas não em seus objetivos.
O espírito se caracteriza pela soma das experiências, dos conhecimentos em sentido amplo, acumulados ao longo das suas existências: os conceitos, as ideias, os sentimentos, as emoções, os sonhos, os amores, os ideais, as construções, as avaliações, as escolhas e decisões, os erros e os enganos, as realizações, os relacionamentos, as convivências, os encontros. O espírito é a inteligência, a afetividade, os valores, a vontade, a ação e a construção, a individualidade, a consciência, a singularidade. É o ator e o portador da cultura (A. Grimm).
O espírito assume funções, desempenha papéis, ocupa espaços de sentido, sustenta compromissos, norteia-se por objetivos. Determina uma trajetória no exercício de seu livre-arbítrio que lhe permite romper suas limitações e aplicar, disponibilizar, suas habilidades e capacidades.
Para a Doutrina, o espírito é o ser inteligente do Universo, que, pelo exercício de sua inteligência (inovação, descoberta, invenção e criação), constrói a consciência de sua individualidade, a consciência em relação a outros espíritos e a consciência de seu papel na estruturação inteligente do Universo.
                                         
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PERISPIRITO


A origem do períspirito está no fluido universal. O ponto de partida do fluido universal é a pureza absoluta, da qual nada nos pode dar ideia; o ponto oposto é a sua transformação em matéria tangível, adquirindo diversos graus de condensação. O períspirito é uma dessas transformações, mas sob a forma de matéria quintessência, ou seja, não perceptível aos olhos carnais. Assim, o períspirito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos mais importantes produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência ou alma. O corpo carnal também tem seu princípio de origem nesse mesmo fluido condensado e transformado em matéria tangível. No períspirito, a transformação molecular se opera diferentemente, porquanto o fluido conserva a sua imponderabilidade e suas qualidades etéreas. A natureza do envoltório fluídico está sempre em relação com o grau de adiantamento moral do Espírito. (Kardec, 1975, cap. XIV, item 7)
Períspirito é Invólucro semi-material do Espírito. Nos encarnados, serve de laço intermediário entre o Espírito e a matéria; nos Espíritos errantes, constitui o corpo fluídico do Espírito. (Kardec, s. d. p., p. 374) O Espírito é envolvido por uma substância que é vaporosa para os encarnados, mas ainda bastante grosseira para os desencarnados; suficientemente vaporosa, entretanto, para que ele possa elevar-se na atmosfera e transportar-se para onde quiser. Como a semente de um fruto é envolvida pelo perisperma, o Espírito propriamente dito é revestido de um envoltório que, por comparação, se pode chamar Períspirito. (Kardec, 1995, pergunta 93).
O Períspirito é o Princípio intermediário entre a matéria e o Espírito, cuja finalidade é tríplice: manter indestrutível e intacta a individualidade; servir de substrato ao corpo físico, durante encarnação; constituir o laço de união entre o Espírito e o corpo físico, para a transmissão recíproca das sensações de um e das ordens do outro. (Freire, 1992, p. 29 e 30)
A natureza do períspirito está sempre em relação com o grau de adiantamento moral do Espírito. Os Espíritos inferiores não podem mudar de envoltório a seu bel-prazer, pelo que não podem passar, à vontade de um mundo para o outro. Os Espíritos superiores, ao contrário, podem vir aos mundos inferiores, e, até, encarnar neles. Quando o Espírito encarna em um globo, ele extrai do fluido cósmico desse globo os elementos necessários para a formação do seu períspirito. Assim, conforme seja mais ou menos depurado o Espírito, seu períspirito se formará das partes mais puras ou das mais grosseiras do fluido peculiar ao mundo onde ele encarna. Resulta disso que a constituição íntima do períspirito não é idêntica em todos os Espíritos encarnados e desencarnados que povoam a Terra ou o espaço que a circunda. O mesmo já não se dá com o corpo carnal, que se forma dos mesmos elementos, qualquer que seja a superioridade ou inferioridade do Espírito. (Kardec, 1975, cap. XIV, item 9)

Flexibilidade e expansibilidade são as duas principais propriedades do períspirito. O períspirito não está preso ao corpo, sem poder desprender-se. Em Obras Póstumas, no capítulo sobre manifestações dos Espíritos, 1.ª parte, item 11, lemos: "O Períspirito não está encerrado nos limites do corpo como numa caixa. É expansível por sua natureza fluídica; irradia-se e forma, em torno do corpo, uma espécie de atmosfera que o pensamento e a força de vontade podem ampliar mais ou menos". Baseando-se neste texto, o Dr. Ari Lex acha que não há necessidade de usarmos a palavra "aura". O termo atmosfera fluídica seria uma noção mais simples e cristalina.

FONTES: http://www.sbee.org.br/portal/deus/doutrina-dos-espiritos/principios/deus


http://duronaqueda.blogs.sapo.pt/2014/10/27/

http://www.forumespirita.net/fe/pluralidade-dos-mundos-habitados/o-mundo-espiritual-e-suas-colonias/

http://earth-chronicles.ru/news/2013-01-18

http://www.sbee.org.br/portal/espirito/doutrina-dos-espiritos/textos-de-apoio/espirito

http://slideplayer.com.br/slide/52043/

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